Não há como negar que a expansão do uso dos aparelhos celulares mudou completamente nossa forma de dialogar com o mundo ao nosso redor. Essas mudanças estão muito bem detalhadas no Zenith’sAdvertisingExpenditureForecasts, que vem analisando os padrões de mudança do consumo de mídia desde 2011, em 63 países de todos os continentes.
As mudanças são fortes e já começam em 2019, quando o consumo de mídia online vai superar a televisão. A projeção aponta que o consumidor deve gastar uma média de 170,6 minutos por dia em atividades online (Youtube, Instagram, Facebook, compras, etc); contra 170,3 minutos assistindo canais de TV.
A princípio, a diferença pode parecer sutil, mas continuará crescendo ao longo do tempo: em 2020, a média diária online será de 180 minutos; enquanto que assistindo TV será de 168.
O estudo também indica que em 2020, 30% dos investimentos com marketing será destinado às plataformas mobile.
As despesas com publicidade móvel devem girar em torno de US $ 187 bilhões em 2020. O valor é mais que o dobro do que deverá ser investido em publicidade televisiva (US $ 192 bilhões).
E agora o mais importante: segundo a empresa de consultoria Zenith Media, a atual taxa de crescimento garante que, em 2021, o mobile ultrapassará confortavelmente a televisão.
Mobile afeta drasticamente o consumo de mídias tradicionais
Com a ascensão do uso de smartphones e da internet móvel, as marcas precisam transformar a maneira como planejam suas comunicações através da mídia, focando menos nas mídias tradicionais e mais no digital.
Só para ter uma ideia, revistas e jornais impressos perderam 56% e 45%, respectivamente, de leitores entre 2011 e 2018. Com o movimento, milhares de empresas simplesmente deixaram a impressão de lado e passaram a investir apenas em suas versões online.
Em sua análise, a Zenith afirma que para muitas publicações, o alcance que elas ganharam na web mais do que compensa o que perderam com o fim do formato no papel.
O uso da internet móvel também vem afetando o alcance da televisão e do rádio, embora em menor escala. A estimativa é que o tempo gasto assistindo TV tenha encolhido 3% entre 2011 e 2018, enquanto o tempo gasto ouvindo rádio encolheu 8% no mesmo período. Para não perder a audiência, canais e estações também investiram em melhoramento de suas plataformas digitais.